- Amor,
acorda. Já está tarde. – senti braços fortes me abraçarem.
-Hmmm...
– resmunguei, me negando a abrir os olhos.
-Monike,
eu vou ter que te assustar de novo, é? – pude reconhecer a voz do Stilos no meu
ouvido.
Eu ri e
abri meus olhos.
-Não,
acho que não... – falei me sentando na cama. – Bom dia! – falei o beijando.
-Ãn..
Bo-om-o-om Di-i-a. – ele disse, rindo e gaguejando.
-O que
foi? – perguntei rindo.
-Nada,
só algumas memórias da noite passada... – ele disse olhando pro meu corpo.
Quando segui seu olhar, pude ver a mim mesma nua.
-Oops..
– falei, escorregando pra debaixo dos corbetores.
-Ah,
fala sério! Ta com vergonha depois da gente ter transado, Monike?! – perguntou
o Stilos, vindo pra mais perto de mim e tirando as cobertas.
-STILOS
NÃO! – gritei.
-Ah,
qual é?! Você não gostou? – ele perguntou, fazendo cara de safado.
-Você
sabe que na primeira vez é raro uma menina sentir prazer. Mas, sim, eu amei,
essa noite foi mágica pra mim! Ninguém nunca me tocou daquele jeito, ninguém
nunca me fez ficar excitada do jeito que você me fez ficar ontem. Ontem você me
fez mulher, me fez a mulher mais feliz do mundo! – falei o beijando.
-É o
poder da Stylesconda! – ele se gabou rindo.
-Se
bem.. que nem deu pra sentir muita coisa, sabe? Era muito pequeno. – falei,
fazendo careta.
-Pequeno
é uma ova! Meu pau é enorme! – ele disse com raiva. - Sendo, que eu te amo
muito, e quis ser delicado com você. Pra que você não sentisse muita dor. –
terminou, me abraçando.
-Awwwnt,
como você é fofo! Parece até um Cupcake! – brinquei beijando o pescoço dele.
-Um Cupcake?!
– ele perguntou rindo – Como assim? Não podia ser o super-homem, ou sei lá, um
cara gatão e fortão, não? Um Cupcake?!
-É que
você é gostoso por dentro e por fora. Igual a um. – falei piscando o olho pra
ele e rindo. – E também a cobertura é igual ao teu cabelo, sabe? É grande, tem
ondas e é fofo. – falei rindo da comparação idiota.
-Então
você gosta de Cupcakes? – ele perguntou rindo.
-Claro
que sim e muito! Ah e sou muito ciumenta com meus cupcakes, só eu posso comer
eles, estamos entendidos Sr. Cupcake? – brinquei tocando o nariz dele.
-Tudo
bem! Esse Cupcake aqui vai adorar ser devorado por você! – ele disse rindo e me
beijando.
No meio
do beijo lembrei que eu ainda estava nua. Me levantei e fui colocar alguma
roupa. O Stilos reclamou um pouco disso, mas ele supera!
Nós
fomos até a cozinha e Harry fez algumas torradas com geléia e café pra gente.
-Harry,
eu acho que vou falar com meus pais. – comentei, enquanto mordia uma torrada.
-Os
adotivos? – ele perguntou.
-Na
verdade, acho que vou falar com os dois. Afinal, eu preciso saber quem eu sou,
né? E só vou conseguir isso, conhecendo minha mãe biológica.
-Sinceramente,
eu acho que seus pais adotivos não tem culpa. Eles só estavam querendo te
proteger, e eles tinham medo de te perder. Mas eu também não acho que sua mãe
biológica estava errada, eu sou famoso e também tenho uma carreira pra cuidar,
e um filho, principalmente no começo da carreira, poderia arruinar tudo! – ele
disse, olhando pra mim.
-Mas,
Harry, ela tentou me matar! – eu tentei contrapor.
-Eu
sei, Monike, eu sei! Tudo bem que ela errou em fazer isso, mas linda, ela era
uma adolescente, iniciando uma carreira, ela não estava preparada pra ser mãe.
– ele disse terminando o café dele.
Nós
ficamos vendo TV e namorando por um bom tempo, até dar umas 17:48.
Depois eu
fui arrumar minhas coisas, pra poder voltar pra casa. Eu fiquei com o que o
Stilos me disse na cabeça.. Será, que ele estava certo? Será que eu estou sendo
muito dura com meus 3 pais? E afinal, quem é meu pai biológico? Cara, são
tantas perguntas, tantas dúvidas.. Mas eu pensei bem e já decidi.
Stilos
e eu fomos até minha casa, no carro nós conversamos bastante, sobre tudo,
acho.. É incrível como nossa relação é tão.. não sei, perfeita. Tão madura..
não sei explicar. Sei lá.. é tão estranho ter alguém que se importe comigo, ter
alguém que me proteja, ter alguém que não me julgue e sim me apóie em toda
decisão que eu tomar. É estranho, mas ao mesmo tempo é ótimo. Eu me sinto
amada, me sinto desejada. Eu não sei se é cedo de mais, ou se eu sou muito nova
pra ter encontrado “o amor da minha vida”, mas é o que eu sinto com ele, talvez
não dure muito, talvez ele arranje uma modelo ou outra cantora melhor que eu,
afinal ele só vai ficar de férias aqui por um ano e o ano já está quase
acabando (nós estamos em setembro) Mas, não vou pensar nisso, vou me concentrar
na conversa que vou ter com meus pais.
No
caminho nós paramos em uma padaria e compramos uns cupcakes. Pelo visto, ele
gostou de ser comparado a um cupcake!
~Chegando
na minha casa.~
-Você
quer que eu entre com você? – Stilos perguntou estacionando o carro em frente a
minha casa.
-É melhor
não. Eu prefiro conversar com eles sozinha, resolver de vez essa história. – eu
falei olhando pra ele.
-Tudo
bem, mas me liga mais tarde, ta? – ele pediu segurando minha mão.
-Certo.
– me despedi com um beijo.
Desci
do carro, e fui em direção a minha casa. Nunca fiz uma caminhada tão longa em
toda minha vida. O peso da decisão que eu tomei veio toda pra mim agora,
honestamente, acho que fui rude demais com meus pais, deixei a raiva tomar
conta de mim e acabei fazendo besteira. Não que eu me arrependa de ter ido pra
casa do Stilos e de ter feito o que fiz, mas me arrependo de ter saído do jeito
que saí.. eu tornei o maior pesadelo dos meus pais real, o de me perder. Eu
preciso me desculpar, preciso agradecer por eles terem cuidado de mim durante
18 anos, sem ter a mínima obrigação de fazer isso.
(N/A:
Agora é que vocês perguntam: “ah, mas ela num tinha 17?!” Sim, ela TINHA 17,
mas vocês lembram que eu disse que o Stilos e a Monike passaram 1 ano, mais ou
menos, sendo só amigos.. pois é.. ai o tempo passa, né? E o aniversário dela é
dia 14 de fevereiro, então...)
Parei
em frente a porta da minha casa, respirei fundo, tentei deixar minha vergonha
de lado, vergonha por ter abandonado meus pais na época que era pra mim ter
ficado do lado deles, nós deveríamos termos passado por isso juntos. Mas,
infelizmente, só agora eu percebi isso.
Apertei
a campainha e esperei alguém vir abrir a porta.
-Quem
é? – pude ouvir a voz da minha mãe, enquanto ela abria a porta.
Ao
abrir a porta, pude ver como aquela mulher parada a minha frente era minha mãe,
mas não se parecia com ela.
Ela
estava com um semblante cansado, magoado. Estava com olheiras embaixo dos
olhos, a boca parecia meio ressecada.
-Sou
eu, mãe. – respondi.
-Mãe?!
– ela perguntou chorando e vindo me abraçar, ela chorou tanto no meu ombro. Eu
também não consegui me agüentar e comecei a chorar junto com ela. Ela passava a
mão no meu cabelo e beijava minha testa.
Cara,
como senti falta desse abraço dela, desse abraço seguro e bom, que só mãe pode
dar. Eu sei que eu só passei quase dois dias fora (N/A: duas noites e quase
dois dias, já que já são umas 19:00), mas sentia como se tivesse se passado
meses.
-Quem
é, Yasmin? – escutei meu pai, perguntar vindo em direção a porta. – Monike?! –
ele perguntou assustado.
-Sim,
pai, sou eu. – falei indo abraçar ele.
-Nossa,
filha! Como eu senti sua falta! Eu achei que você ia nós odiar pra sempre.
Filha, me desculpa. Eu sei que foi errado ter mentido pra você, sinto muito. –
ele disse chorando.
Me
afastei um pouco do meu pai e o puxei até o sofá, minha mãe veio nos seguindo,
logo atrás dele.
-Pai,
eu é que tenho que pedir desculpas a vocês. Eu fui egoísta, fui boba e criança.
Era pra eu ter lidado melhor com a situação. Eu só fiz piorar tudo. Só tornei
as coisas mais difíceis. Sinto muito, de verdade. Pena eu não ter percebido
isso antes. Me desculpem de verdade. – eu falei pegando na mão de cada um. – Eu
não seria nada sem vocês. Obrigado por cuidarem de mim todo esse tempo,
inclusive enquanto eu estava dentro da barriga da minha mãe biológica. Eu só
tenho a agradecer a vocês. Vocês foram os anjos da minha vida. Eu amo vocês, e
nada e nem ninguém, nunca, mudará isso.
Todos
nós começamos a chorar e ficamos abraçados no sofá por um bom tempo.
-Mas,
filha, você vai querer conhecer a Patricia? – perguntou minha mãe passando a
mão no meu cabelo.
-Sinceramente,
eu tenho curiosidade de saber como e quem ela é.. Afinal é de lá que eu vim,
certo? Eu preciso conhecer ela. Vai ser melhor. Mas não tão cedo, vou esperar
mais uma semana.. por ai. – respondi séria.
-Tudo
bem, nós iremos te ajudar com isso. – disse meu pai vindo abraçar eu e minha
mãe mais uma vez.
Depois
de um tempo, meu pai resolveu comemorar minha volta e pediu uma pizza pra gente
comer vendo um filme na TV. Advinha qual era o filme? Titanic!
Pois
é.. minha mãe chorou o filme todo. Mas o que me chamou atenção, foi que
enquanto ela chorava, meu pai estava sempre ali do lado dela, limpando todas as
lágrimas que escorriam pela bochecha dela, e tentando disfarçar o riso, pra ela
não ficar magoada. Eles eram tão perfeitos juntos. Eu não sei explicar, mas eu
não consigo ver essas duas pessoas como outra coisa, sem ser meu pais. As
pessoas que me criaram e que me amam acima de tudo e de todos. Eu me inspiro
neles, eu quero ter uma família igual a eles, quero uma casamento feliz igual a
eles, quero que meus filhos me amem igual eu amo eles.
Foi ai
que eu vi. Eu não preciso mais procurar meu “lugar” no mundo. Porque agora eu
sei, eu sei que meu lugar era com essas duas pessoas, que dão o sangue por mim,
que me amam incondicionalmente e que cuidaram de mim sem nenhuma obrigação de
fazer isso, simplesmente por amor e bondade. Eu posso até nunca conseguir
retribuir todo esse amor, carinho e bondade deles, mas uma coisa eu prometo. Eu
nunca vou deixar de tentar.
Continua...
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