Quando nós
chegamos no apartamento do Stilos, ele me levou até o sofá e foi pegar um pouco
d’água pra mim. Eu chorava tanto, que nem consegui prestar muita atenção na
decoração, mas provavelmente deve ser bem bonita.
-Amor,
pega aqui. Bebe um pouco, vai te acalmar. – ele disse me entregando um copo com
água e passando a mão no meu cabelo.
-Obrigada.
Eu bebi a
água e consegui respirar um pouco. Depois deitei minha cabeça no ombro dele e
botei minha perna em cima das dele, enquanto ele com um braço me abraçava pela
cintura e com o outro segurava minha mão e enxugava minhas lágrimas, que não
paravam de cair. Ele me segurava como um bebê, o que por mais estranho que
pareça, era exatamente o que eu precisava. De vez em quando ele me dava um
beijo na testa.
-Amor, se
você não quiser conversar, tudo bem, eu vou entender. – ele disse carinhoso.
-Não...
Acho que conversar me faria bem. – falei limpando minhas lágrimas.
Me afastei
um pouco dele e me sentei melhor no sofá, cruzei minha pernas e ele fez o
mesmo, ficando de frente pra mim.
Eu contei
tudo pra ele, contei minha história, contei sobre o que eles me disseram,
contei que pretendia ficar um tempo aqui e ele concordou, disse que não tinha
problemas.
-O que
seria de mim sem você, hein? – perguntei olhando fundo nos olhos verdes dele.
-Te
garanto que você nunca irá ter que descobrir isso. – falou me dando um selinho
e voltando a me abraçar, pra ficarmos na mesma posição de antes.
-Amor, eu
to tão confusa! Eu não sei mais quem eu sou, não sei mais o que fazer e nem pra
onde ir. Não sei mais qual o meu lugar, eu to perdida! – falei sinceramente.
-No
momento, você é a menina que eu amo e o seu lugar é bem aqui, nos meus braços.
– ele disse me abraçando com mais força. – Nunca esqueça disso, eu sempre vou
estar aqui por você, sempre! Não importa a decisão que você tomar, eu sempre
estarei bem aqui, te esperando, sempre! Eu não sei quando, nem como, mas nossa
amizade cresceu e se tornou esse amor que é hoje e ele é algo indispensável na
minha vida. Foi rápido, mas foi perfeito. Eu te amo, essa é a única coisa que
tenho certeza! – ele disse segurando minha mão.
Agora, ele
era a única pessoa em quem eu podia realmente confiar, a única pessoa que eu
amava verdadeiramente, a única pessoa que nunca mentiu e nem nunca vai mentir
pra mim.
-Eu sei,
obrigada. Por tudo, obrigada por ser tão perfeito, obrigada por me ajudar,
obrigada por me amar, obrigada por ser quem você é. – falei me aconchegando
mais nele.
Depois
disso, ninguém falou mais nada. Não era preciso, nossos corpos falavam por si
só, eles se encaixavam perfeitamente. Nós ficamos assim no sofá durante um bom
tempo.
-Amor, vem
cá anda. Você precisa descansar um pouco. Vem dormir, anda! – ele disse me
levantando do sofá e me levando no colo até o quarto dele. – você vai dormir
aqui e eu durmo na sala, certo? – ele disse me botando na cama.
Eu estava
tão cansada que nem protestei, nem nada. Eu estava quase dormindo, quase
deixando a escuridão dos sonhos me levar, quando sinto ele me beijar na testa e
escuto um: “Boa noite, linda, te amo.”
-Stilos,
não me deixa sozinha, por favor... – falei segurando a mão dele. – Dorme aqui
comigo.
-Tudo bem,
vou ficar aqui até você cair no sono, certo? – ele disse sentando em uma
poltrona do lado da enorme cama de casal.
-Não! Eu
quero que você fique aqui, do meu lado, quero que você durma aqui. Preciso de
você essa noite, preciso do teu abraço. – confessei pra ele, com uma lágrima
escorrendo pelo canto do olho.
- Tudo
bem, eu fico. Vou te proteger essa noite e todas as que virão pela frente. -
Ele se aproximou de mim e beijou a lágrima que tinha escorrido até minha bochecha.
Eu estava
tão cansada, que comecei a ficar entre o sonho e o mundo real, mas pude ver
Harry indo até o guarda-roupa e pegando uma blusa dele e uma calça de pijama
preta.
Depois ele
foi até o banheiro e voltou de lá sem camisa, só com a calça do pijama preta.
Puder ver ele se aproximar lentamente da cama e puxar minhas cobertas, ele
cuidadosamente tirou minha blusa e minha calça jeans, e colocou uma blusa em
mim. Depois me enrolou de novo nas cobertas.
Ele deu a
volta na cama e se deitou do meu lado. Meu corpo instantaneamente procurou pelo
dele, e quando achou, se acomodou nele perfeitamente.
Botei
minha cabeça entre o pescoço e o ombro dele e ele colocou a mão na minha
cintura, me levando pra mais perto dele. Consegui sentir o cheiro dele, tão
doce, tão sexy, tão Harry. Que não pude resistir e tive que beijar o pescoço
dele. Pude sentir os pelos do peito dele
se arrepiarem e percebi que ali era o ponto fraco dele.
-Amor,
assim fica difícil me controlar, ter você aqui na minha cama, desse jeito, já é
tortura demais! – ele disse no meu ouvido.
Eu estava
com tanto sono, que só sussurrei um “desculpa” e me aconcheguei mais nele.
Acabei
dormindo, dormi tão bem, tão confortável, tão segura. Agora eu sei porque as
pessoas gostam de dormir de conchinha. Dá uma sensação de segurança, de
carinho, de amor.
Acordei
cedo, olhei em volta e pude ver que não estava no meu quarto. Foi então que as
lembranças de ontem a noite vieram: adoção, choro, ódio, Ferrari, Harry, Sofá,
Beijo, Roupa... Tudo como um flash muito rápido na minha cabeça. Controlei
minhas lágrimas, não estou afim de chorar hoje, nem de pensar sobre o assunto,
vou deixar pra resolver tudo amanhã, hoje só quero agradecer ao Stilos por tudo
ontem e mimar ele um pouco. Só isso... Ta na hora de eu ser boazinha com ele,
depois de tudo que ele fez por mim, é o mínimo.
Olhei pra
cima e pude ver o Stilos dormindo,
parecia um anjo, tão meigo, tão suave, tão
tranqüilo que fiquei com pena de acordar ele. Me levantei lentamente e fui direto pro banheiro fazer minha higiene
matinal. Depois guardei tudo de volta na minha mochila e sai do quarto, em
busca da cozinha, meu estômago já dava sinal de vida, afinal com toda essa
confusão acabei esquecendo de jantar ontem.
A cozinha
era enorme! E tinha todo tipo de comida imaginável, comecei a abrir os armários
e fui preparar o café da manhã.
Depois de
tudo pronto, peguei os ovos, o bacon, as torradas, o suco, o bolo e a maça e
coloquei tudo em uma bandeja. Afinal era o mínimo que eu podia fazer para
agradecer por tudo.
Levei a
bandeja até o quarto dele e coloquei ela na mesinha que tinha bem embaixo da
janela.
Subi na
cama devagarzinho, e andei de joelhos até ele, quando cheguei nele, botei minha
perna de cada lado do corpo dele e fiquei por cima dele. Sorri e comecei a
beijar o pescoço dele, onde eu lembro que é o ponto fraco dele, bem embaixo da
orelha.
Ele
lentamente abre os olhos e quando me vê sorri, o sorriso mais lindo do mundo.
-Bom dia,
amor. – eu disse dando outro beijo no pescoço dele.
-Boa dia,
linda. – ele disse passando a mão pela minha perna.
, que estava quase toda
amostra, já que eu estava só com a camisa que ele botou em mim ontem. – bem que eu podia acordar assim toda manhã, não acha?
-É melhor
eu trocar de roupa, não acha? – perguntei saindo de cima dele.
Ele
segurou meu braço e me puxou de volta, mas dessa vez me jogou de costas na cama
e ficou por cima de mim.
-Eu
acho... que você está linda com essa camisa. – ele disse beijando meu pescoço.
– e acho que você devia passar o dia com ela, aliás eu exijo isso, é
minha condição pra você ficar aqui. Se mudar um fio de cabelo, já sabe, né? É
RUA!
-Duvido que
você me bote pra fora.
-É
provavelmente eu não faria isso, mas posso nunca mais te beijar... e ai o que
vai ser? – ele disse olhando fundo nos meus olhos.
-Acho que
vou arriscar! – eu menti, saindo de cima dele.
-Então
tudo bem! – ele falou seco. Quando ele ia começando a sair de cima de mim, o
prendi entre minhas pernas e o beijei.
-Vou
passar o resto da minha vida somente com essa camisa. Satisfeito? – falei
rindo.
-Muito. –
ele disse me beijando. Nós ficamos lá deitados, nos beijando por um tempo, mas
um pequeno, mentira, um enorme barulho saiu do meu estomago, avisando que eu
sou um ser humano e não posso passar o dia aqui deitada com ele, por mais que
eu queira.
-Parece
que alguém ta com fome, vamos eu te preparo alguma coisa. – Stilos disse se levantando
da cama e me puxando junto com ele.
-Na
verdade... Fecha os olhos! – eu disse indo por trás dele e tampando os olhos
dele.
-Monike, o
que foi? – ele perguntou rindo.
Eu guiei
ele até a mesinha onde estava a bandeja com o café que eu tinha preparado.
-E... Bom
apetite! – falei tirando minhas mãos dos olhos dele.
Ele olhou
pra simples badeja e sorriu, virou pra mim, me abraçou, me deu um beijo e
começou a comer tudo. Deus, que menino pra comer!
-Sabe...
assim você vai me acostumar mal. – ele disse terminando de comer a maçã.
-Pois é
melhor ir se acostumando... – falei rindo.
Depois
disso ele foi tomar banho e nós ficamos vendo um pouco de TV, mas ai o telefone
dele toca:
-Ah, oi!
Sério? Mas agora? Então ta, né! 30 minutos to chegando ai. – ele disse rápido e
desligou.
-O que
aconteceu? – perguntei.
-Era o
Niall. Nós vamos ter uma entrevista em uma rádio hoje, que já estava marcada a
muito tempo e eu acabei esquecendo.
Sinto muito, mas não vou poder passar o dia com você hoje. – ele disse passando
a mão na minha bochecha.
-Tudo bem,
amor. Eu entendo. – falei.
-Espera..
me chama disso de novo. – ele falou olhando direto pra mim.
-Amor,
amor, amor, amor, amor, meu amor! – cantei pra ele.
-Nunca
pensei que fosse gostar tanto de ouvir isso! – ele disse vindo até mim e me
beijando.
-Tudo bem,
AMOR! Agora vai logo se arrumar ou você vai desse jeito mesmo? – falei
empurrando ele do sofá.
-Ai.. to
pensando em ir assim mesmo. To com tanta preguiça! – ele disse fazendo bico.
-Vai logo,
seu morto! – falei dando um tapa na bunda dele.
-Hey, eu
sou um moço direito! Quero casamento antes! – ele disse empinando o nariz.
-Ah, claro
senhor seis nove (69)! Pensa que eu não sei é.. – falei rindo.
-Ás vezes
esqueço que você era uma fã. Mas enfim vou indo! – ele saiu andando e foi até o
banheiro, chegando lá parou na porta pendurou a perna na parede como se tivesse
“trepando” nela, fez uma cara sexy e me mandou um beijo e uma piscadela. Ah meu
Deus! Eu mereço! Em resposta fiquei me abanando fingindo estar prestes a
desmaiar.
Depois que
ele saiu, resolvi ir tomar um banho e colocar alguma roupa menos reveladora.
Fiquei vendo TV por um tempo, até que recebo uma ligação:
-Heeeeey,
gata! Ta onde? – pude reconhecer a voz da Nat.
-E ai,
gostosa! To na casa do Harry. Tô com algumas coisas pra resolver e decidi sumir
por um tempo.
-E porque
tu num foi lá pra casa, cabeção? – ela falou com um toque de ciúmes.
-Porque tu
agora é uma desaparecida! Sinceramente to começando a achar que tu é um ser de
outro mundo e tem o poder de ficar invisível, porque não é possível! – falei
com raiva.
-Eeeei,
calma ai, gatinha! Eu estava com o Kevin, amiga, ele é tão perfeito!
-Você sabe
o que eu acho dele, então...
-Tudo bem,
tudo bem. Mas e ai o que aconteceu?
Então eu
contei tudo a ela, desde o momento em que meus pais me contaram até a ligação
dela, afinal ela era minha melhor e única amiga, em quem mais eu podia confiar
além dela e do Stilos?
-Nossa,
amiga, sinto muito! Mas qualquer coisa pode contar comigo, ta?
-Tudo bem,
gata! Eu sei.
-Agora eu tenho
que ir, minha mãe ta me chamando. Inferno! Mas boa sorte ai com tudo, qualquer
coisa vou estar sempre aqui, te amo!
-Também te
amo, amiga. Muito! Tchau.
Ás vezes
acho que a Nat é meio bipolar, ela uma hora some, depois aparece do nada e fica
toda maternal. Mas acho que é essa instabilidade dela que me atrai a ela, eu
gosto de pessoas complicadas, gosto de desafio.
Por volta
de 10:37 comecei a ficar entediada e resolvi fazer um almoço pra mim e pro
Stilos.
Enquanto
cozinhava não consegui resistir e comecei a pensar sobre o assunto da adoção.
Eu ainda amo meus pais, acho que ontem a noite, só não consegui dizer isso por
causa da raiva. Mas eu ainda amo eles, sem eles eu não seria nada, sem eles eu
não teria vindo pra cá e não teria conhecido nem a Nat e nem o Stilos. Mas
ainda é cedo pra dizer isso a eles, resolvi mandar uma mensagem pra eles.
~SMS on~
“Pai, mãe, eu estou bem. Estou na casa do Harry e
vou passar uns 3 dias aqui. Não se preocupem, eu sei me cuidar. Eu só preciso
de um tempo pra pensar, um tempo pra mim, ok?”
~SMS off~
Mas ainda
tinha uma coisa sobre a qual eu ainda não tinha pensado: minha “mãe” biológica.
Eu, sinceramente, não tenho vontade de conhecê-la. Mas será que eu deveria?
Afinal ela me deu a luz, e provavelmente se eu não concordar em vê-la, ela não
vai parar de me seguir, e eu a quero o mais longe possível da minha vida!
Mas como
será que ela é? Será que é bonita? Será que é engraçada? Será que é
inteligente... perguntas assim se passavam na minha cabeça desde ontem, mas eu
não vou deixar a curiosidade me vencer! Eu quero ela longe! Nunca precisei
dela, e não preciso agora!
Continua...
Loraa tá mto show esse capítuloo, ainda mais com as imagens *-*
ResponderExcluirNão sei se fico feliz por tu ta gostando ou se fico com raiva por tu ter me chamado de lora :~~ (não tenho preconceitos com loiras, muito pelo contrário, minha melhor amiga é loira.:D ) AIOOAEIOEIOAIEIOEOEIAOIEOIEOIAOEI
Excluirkkkkkkk só estou de brinks morenaa :D
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